domingo, 24 de novembro de 2019

Variáveis Independentes do C.O

Continuação desse blog.

As determinantes das variáveis dependentes nos levam às variáveis independentes.


Variáveis no Nível do Indivíduo

Pertence somente a você.

Características óbvias:
  • Idade;
  • Sexo;
  • Estado civil;
  • Personalidade;
  • Emocional;
  • Valores;
  • Crenças (o que você acredita há muito tempo).


Outros aspectos que afetam o comportamento:
  • Decisões individuais;
  • Aprendizagem (varia de pessoa para pessoa);
  • Motivação (automotivação ou não).



Variáveis no Nível do Grupo

É mais que a soma de ações. É normal um indivíduo comportar-se diferente me grupo do que está sozinho, pois ele assume uma persona (personagem usada em público).



Variáveis do Nível do Sistema Organizacional

Nível mais alto: estrutura formal com o conhecimento dos indivíduos e grupos. É mais que a soma de grupos. É normal aproximar-se mais de pessoas com afinidades (pontos em comum).

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Variáveis Dependentes do C.O

O C.O (Comportamento Organizacional) é o comportamento somado dos indivíduos, em que segue um modelo, o de variáveis dependentes e independentes. Nesse blog veremos as dependentes e, no próximo, as independentes.


As variáveis dependentes foram feitas pelos estudiosos do C.O.
  • Produtividade: é a capacidade produtiva da organização. Produtividade é o ato de atingir os seus objetivos, com medidas como o retorno do investimento, o lucro e os resultados;
  • Absenteísmo: vem de abster, ou seja, é o não comparecimento dos funcionários. Pode ser voluntários ou involuntário (como em casos de doenças) e acarreta problemas e/ou prejuízos dependendo de quem falta, entretanto, às vezes pode ser positivos, como em casos de enfermidades;
  • Rotatividade/Turnover: é a entrada e saída de funcionários que também pode ser voluntaria ou involuntária (demissões). Traz algumas consequências, como o alto custo com recrutamento, seleção e treinamento, além de poder romper a eficiência da organização. Todavia, também pode ser positiva, como quando um funcionário ruim sai/é demitido;
  • Cidadania Organizacional: não é obrigatório, mas ajuda no funcionamento da organização. É ir além das suas obrigações, por exemplo, você está estagiando e já acabou tudo no seu setor, então o aconselhável seria ir atrás de ajudar em outras repartições, apesar de não ser obrigatório. Ações como essa podem garantir a sua permanência na empresa, pois demonstra interesse em ajudar a organização;
  • Satisfação com o Trabalho: é algo pessoal. É o ato de colocar na balança o seu salário e o seu merecimento. Tem uma grande relação com a produtividade organizacional, mas também com a qualidade de vida do funcionário.
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Conceito de Comportamento Organizacional e Stakeholders

Toda organização tem a própria cultura organizacional. Algumas influenciam o mundo, criam tendências e se tornam referências. Essa influência é o estudo do comportamento dos indivíduos.

O estudo do C.O visa maior entendimento sobre lacunas a respeito do ambiente de trabalho para produzir desenvolvimento e soluções, e como reter talentos, promover harmonia e engajamento entre os stakeholders*.

* Stakeholders: partes interessadas.


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Stakeholders



São todas as pessoas que podem ter seus interesses afetados diretamente ou indiretamente pelo resultado do projeto. Por exemplo: a construção de um estádio pode ter repercussão negativa com os moradores do local, fazendo com que eles consigam cancelar a obra. Por isso o administrador de projetos necessita estar atento às partes interessadas, de modo a conseguir evitar impactos negativos.

* Imagem retirada de: https://www.syrenis.com/smart.html.


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Comportamento Organizacional (C.O)

Depois da Crise de 29, um novo modelo de gestão mais humano passou a ser desenvolvido. Nessa época, começou-se a dar mais lugar aos psicólogos, fato determinado como Psicologia da Indústria.

Esse período foi caracterizado como uma humanização da organização, havendo mais ênfase no reconhecimento de habilidades pessoais/humanas. Por exemplo, se eu tenho mais afinidade com números, provavelmente meu setor designado será o financeiro, valorizando minha característica.

Essa necessidade de haver um maior aproximamento entre todos os constituintes da empresa se dá graças à necessidade das empresas conseguirem colaboradores com um alto nível de desempenho, aumentando a produtividade do local.



Habilidades dos executivos

Robert Katz¹
Robert Katz, um escritor americano, definiu as três habilidades mais importantes para um administrador atingir seus objetivos, que são:
  • Técnica*;
  • Humanidade;
  • Conceitual*.
* Técnica: saber fazer;
* Conceitual: fazer uma leitura do que está ocorrendo no mercado (atualizar-se).

¹Imagem de autor desconhecido.

Freud e o Modelo Estrutural da Personalidade

Sigmund Freud é conhecido como o pai da psicanálise.

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Freud¹
Freud, após perder seu pai, começou a vivenciar seus traumas em formato de sonhos, com isso, ele passou a tentar interpretá-los, entretanto, ele percebeu que o consciente não explicava tudo, o que o fez propôr a ideia do inconsciente, sendo o responsável também por dá-lo um status científico.

O Modelo Freudiano propôs uma mente dividida em camadas, o consciente (estado lúcido), pré-consciente (transição do lúcido para o lúdico) e o inconsciente (lúdico/desacordado), organizados respectivamente de acordo com a facilidade de acesso.

Em sua obra "A Interpretação dos Sonhos", Freud tentava explicar o funcionamento da mente e do inconsciente, além de relatar um método para conseguir acesso a ele, a hipnose. A Psicanálise ou Associação Livre foi um método desenvolvido por Freud que, ao contrário da Introspecção controlada, deixava o paciente à vontade para contar seus problemas.


Modelo Estrutural da Personalidade

Para Freud, o psiquismo humano é como um iceberg, a qual demonstramos apenas uma pequena parte (o consciente) de toda a complexidade da nossa mente. Sendo assim, ele desenvolveu um Modelo Estrutural da Personalidade, sendo ele o seguinte:
  • Id: prazer;
  • Ego: razão;
  • Superego: moral.
Segundo Sigmund, o ser humano buscava equilibrar esses três fatores, entretanto, é normal ter um deles mais destacado, como o Ego, por exemplo.

Curiosidade: os psicopatas são altamente movidos pelo Id.


¹Imagem de Max Halberstadt.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Psicologia Humanista

Como dito no blog anterior, no início da Idade Moderna, ocorreu uma ruptura com os valores medievais, havendo um foco maior no ser humano (fato chamado Antropocentrismo). Graças a isso, o homem percebeu que as coisas não se davam "graças a Deus", mas sim graças à sua capacidade de resolver problemas.

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Wilhelm Von Humboldt¹
Durante o XVIII, a Psicologia era considerada um segmento dentro da matéria de Filosofia, ocorrendo uma disseminação. Entretanto, ela só foi considerada ciência a partir do século XIX, mais especificamente no ano de 1810, quando Wilhelm Von Humboldt, que também estabeleceu o modelo atual de universidades, fundou a primeira faculdade de Psicologia em Berlim. Eles recebiam muitas doações de livros e materiais, o que facilitava na pesquisa e atraia um número considerável de cientistas. 

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Wilhelm Wundt²
A Psicologia Científica foi uma união entre a Filosófica e Experimental, havendo a formação do primeiro laboratório desse meio. Foi fundado por Wilhelm Wundt, criador da Psicologia Moderna. Ele definiu o objeto de estudo como a mente humana e estabeleceu um método de análise: a introspecção controlada (que era o ato de estudar o paciente com ele acordado, através dos sentidos, como visão, tato, olfato etc.).


¹Imagem de Joseph Karl Stieler.
²Imagem de autor desconhecido.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A Psicologia na Era Cristã e no Renascimento

A Psicologia na Era Cristã

A Era Cristã foi conhecida como o período em que todo o conhecimento era produzido, monitorado e guardado pela igreja, havendo grande restrição na sistematização do estudo e aprendizado, o que afetou muio a Filosofia e, consequentemente, a Psicologia, deixando-a de lado por um certo tempo. Ocorreu durante a Idade Média.

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Santo Agostinho¹
Durante esse período, existiram dois grandes filósofos cristãos, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, que se basearam em Platão e Aristóteles respectivamente.

Santo Agostinho, com influência de Platão, pregava que existia uma repartição entre alma e corpo e que a alma não era apenas a sede da razão, mas também um contato entre Deus e o ser humano, sendo caracterizada como uma parte divina.



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São Tomás de Aquino²
Já São Tomás de Aquino buscava a distinção entre essência e existência, em que a essência do ser humano era a busca da perfeição baseada em Deus, para "validar" a sua existência. Além disso, sempre buscava defender seus posicionamentos com argumentos, mas tendo sempre uma base na fé cristã.





A Psicologia no Renascimento

O Renascimento é o período de transição para a sociedade moderna em que ocorreu uma valorização do homem. Aconteceu na Idade Moderna.

A sociedade adquiriu novos valores sociais e econômicos (principalmente através na Revolução Burguesa) com interesses mais humanistas, ou seja, com uma maior valorização do ser humano, além de já estarem libertos do absolutismo religioso presente na Era Cristã/Idade Média.
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Descartes³

Descartes, um filósofo moderno, apresentou, em 1659, o homem de uma forma dissociada do pensamento cristão, onde ele afirmava que o ser humano era formado de uma substância física (corpo) e uma pensante, que não era um espírito, atiçando a curiosidade sobre o físico e incentivando o estudo da anatomia.

Com isso, apareceu a racionalidade, propiciando a sistematização do conhecimento científico e o estudo do corpo morto, causando um grande avanço na Psicologia e dando os primeiros passos para a firmar como ciência através da experimentação.

¹ Imagem de Philippe de Champaigne.
² Imagem de Botticelli.
³ Imagem de Frans Hals.

O Surgimento da Psicologia e a Influência dos Filósofos Pré-Socráticos

A Psicologia permaneceu fundida à Filosofia por mais de dois mil anos, tendo a primeira definição como "Estudo da alma".


O Significado de "Alma" nos Pensamentos Míticos e Pré-Socráticos


O pensamento mítico dominou por séculos, trazendo declamadores ambulantes, que contavam a história e explicavam as relações sociais através dos mitos. A mitologia foi criada por Homero, uma espécie de escritor, que fundou o Mundo Homérico, um local onde o heroísmo prevalece em um mundo regido por deuses.

A palavra "Psicologia" vem do grego "Psyqué", que significa "alma". Naquela época, a alma era considerada o início da vida, logo, quando essa substância abandonava o corpo, através da boca (doenças) ou feridas, era entendido como o fim da vivência, ou seja, a morte, pois a alma, que estaria dentro do corpo humano, era catalogada como a instância responsável pela respiração e pelo movimento do sangue.


A Influência dos Filósofos Pré-Socráticos

Usavam-se os mitos para explicar a natureza até aproximadamente 600 a.C., além de se utilizarem disso também para a fundação da própria organização sociopolítica.




Essa jornada pela explicação da alma humana se iniciou com Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates (469/399 a.C.) defendia que a característica do homem era a razão e que o ser humano era um animal racional. Já Platão (427/347 a.C.) concluiu que o lugar da razão é na cabeça, que seria a representação física da Psyqué, além da medula servir para ligar a mente ao corpo. Enquanto isso, Aristóteles (387/322 a.C.) via corpo e mente de forma conjunta, sendo a Psyqué o princípio ativo da vida.


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Variáveis Independentes do C.O

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